16.11.2023

Dia Mundial dos Pacientes Ostomizados

O dia 16/11 foi instituído, através da Lei nº 11.506/2007, como o “Dia Mundial dos Pacientes Ostomizados”. A data tem como objetivo divulgar informações, e principalmente, desmistificar o preconceito e o estigma que muitos pacientes ostomizados enfrentam. O dia também tem a finalidade de homenagear a fundação da Associação Brasileira dos Ostomizados (Abraso).

 O Ostoma ou Estoma é o nome atribuído à exteriorização de um órgão interno através de um procedimento cirúrgico. As ostomias são classificadas como: traqueostomia (realizada na traqueia) que auxilia na respiração, a gastrostomia e jejunostomia, que auxiliam na alimentação enteral; a urostomia (realizada na bexiga) que auxilia na eliminação da urina; colostomia (realizada no intestino grosso) e a ileostomia (realizada no intestino delgado), que auxiliam na excreção dos dejetos fecais. As mais comuns são as de eliminação (colostomia, ileostomia e urostomia).

A cirurgia para a realização de ostomas pode ocorrer nas diferentes faixas etárias, desde crianças até idosos, sendo necessária em uma variedade de condições, tais como o câncer, a doença de chagas, as doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa inespecífica e Doença de Crohn), más-formações congênitas, traumas abdômino-perineais, doenças neurológicas, dentre outras.

Em todos os casos o ostoma poderá ser temporário, permanecendo por um tempo limitado, até que a função do órgão seja reestabelecida, ou, permanentes, em que não é possível a reversão, fazendo com que o paciente faça uso por tempo indeterminado.

Conforme o Ministério da Saúde, há uma perspectiva de que o Brasil possuía, em média, 400 mil pessoas ostomizadas no ano de 2022. Entretanto, com a pandemia de COVID-19, a incidência aumentou, principalmente as relacionadas às vias aéreas.

O procedimento é, por vezes, fundamental para salvar a vida do paciente, contudo, altera a sua rotina, interfere na autoestima e autoimagem, pode gerar desconforto, especialmente na fase inicial, quando ocorre a adaptação com o ostoma. No entanto, com o passar do tempo, o apoio de familiares, amigos e principalmente do suporte de uma equipe especializada, a rotina do paciente é reestabelecida e ele aprende a conviver com a ostomia, da melhor forma possível.

No HC os pacientes podem contar com o ACP – Ambulatório de Cuidados com a Pele, que é um serviço especializado e diferenciado, com profissionais experientes, qualificadas e dedicadas, que entregam uma assistência de excelência, resolutiva e segura. O serviço oferece todo o suporte, orientação, capacitação aos familiares/cuidadores, prevenção e tratamento de complicações, tudo através de um cuidado personalizado, contribuindo significativamente para o alcance da qualidade de vida do ostomizado.

Os recursos e tecnologias para os cuidados com a bolsa coletora avançaram muito nas últimas décadas, de tal forma que o ostomizado, quando bem orientado e adaptado, pode ter uma vida plena e feliz. Conforme a Enf. Solange Pruência, responsável pelo serviço, “é possível manter uma vida praticamente normal, realizar atividades físicas, manter relações sexuais, trabalhar, estudar, frequentar eventos sociais e seguir a rotina do dia a dia”.